E podias fazer-me tu o pequeno-almoço todos os dias da minha vida,
Mas já não nos vemos mais, sente-se a distancia entre nós e o nosso tempo vai passando por nós... Pelos menos as palavras já não saem com tanta facilidade. Dá que pensar as vezes em que pensei que isto poderia acontecer.
Só vamos conseguir digerir o estrago que fizemos, quando pararmos para pensar que não o quisemos reparar por opção. Ou talvez, porque não somos adultos o suficiente. Entre a casmurrice, e os amigos, o vento está a levar tudo.
Já não me culpo mais por pensar em tudo, e sentir-me triste. Acho mesmo triste tratarmo-nos como desconhecidos, acharmos que não nos devíamos pertencer, e levarmos isso avante, quando sempre fomos mais um do outro do que de nós próprios.
Tínhamo-nos um ao outro, como ninguém.
É normal não conseguir acreditar que conseguiste. Eu não consigo.
Respiro fundo mil vezes por dia, e guardo os nossos planos nas gavetas que acho que ficarão para sempre fechadas. E de preferência, que já tenham a fechadura mais do que estragada, para não voltar a abrir. E tu perguntas como, se transpiro tanta saudade em tudo o que escrevo. Enfim...
Aconteceu. E muitos não acreditaram que estávamos a falar a sério quando nos cruzámos, com estranhos ao lado, e a fazermo-nos de fortes e decididos que tínhamos acabado de tomar a melhor decisão para nós dois:
'Finalmente fizeram-se felizes, nunca mais se viram."
Imagino que sim, mas não. Ainda pensamos um no outro. Acho que sim. Mas dizemos, já passou! Agora, já não podemos voltar atrás até vermos se aquilo que escolhemos, é realmente melhor que nós juntos! Se não, de que valeria este tempo todo?
Ao menos que aprendamos com os nossos erros. Que saibamos dizer que foi assim, ou assado - peço desculpa pelos termos menos próprios -, mas que teve que ser, sem vergonha, e sem dúvidas de que fomos os melhores até nisso! Já que muitos se prendem e ficam a vida inteira com vontade de se 'soltar' num momento menos bom, e ficam sem saber o que é o sabor de voltar ainda melhores, ainda mais maturos, mais firmes quanto ás nossas certezas, e quanto á nossa pessoa individual, e quanto áquilo que queremos. Mas com o tempo, irão lá.
Tu também estás a ir. A rir também, e a achar que perdi a noção do espaço com a tua ausência. Mas tudo quanto pensaste até aqui a cerca de mim, e daquilo que poderia vir a fazer, também falhou, portanto... Mais esta, ou outra, será igual.
Será uma aventura sem ti. Com as minhas lindas memórias, mas certamente sã de que o respeito sempre foi uma base para mim, e sigo sem medos por isso mesmo, assim mo pediste.
Com Mar. Com Sol. Onde for a nossa casa...
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