Antes de ires embora, para mais longe do que já estás, eu gostava de poder falar contigo. Eu sei que nos perdemos, da maneira mais injusta, a meu ver. Eu sei que nunca vamos ter retorno possível, e que nada será como foi. Mas eu tenho tantas saudades tuas! Tenho tantas saudades das nossas coisas! Juro que tento todos os dias ultrapassar esta ferida que ficou, mas não está fácil.
Sou sincera. Sempre deixei viver a esperança dentro de mim, por nós. Sempre esperei que um dia pudéssemos olhar-nos e admitir que tudo isto está errado da maneira que está. Sempre vivi o resto que nos restava a pensar que ias chegar. E acho que isso ainda me destruiu mais...
Ninguém te pode substituir, ninguém conseguirá fazê-lo. Aquilo que passamos, aquilo que dissemos, aquilo que fizemos, aquilo que vivemos, eu não vou conseguir esquecer. Até agora ainda não o fiz!
Mas sei que não existe um pingo de reciprocidade. Há muito tempo que não te vejo, mas soube das novidades. E antes de mais, felicidades!
Sabes, lá dentro, bem no fundo, naquele lugar, dói! E custa-me saber de certas coisas, custa-me falar de certas coisas como se já tivessem passado, quando ainda me dói! São tantas as perguntas que rondam a minha cabeça com o passar do tempo, são tantas noites no vazio, com um silêncio constrangedor, que a maior das maiores questões nesses momentos é: quando é que isto vai acabar?
Desconversando.
Soube que vais de viagem. Não sou boa a despedir-me de quem gosto. Não sou boa a ver partir quem me faz imensa falta. Mas deixo-te um "até já", com esperança que reconheças de onde veio. Espero que saibas que te apoiei sempre, espero que seja uma boa experiência, espero que... sejas feliz!
Faz uma boa viagem, amigo.
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