Parece que foi à muito tempo, mas não. Ainda agora, eu relembrei o nosso dia. E logo a seguir a esse vieram os outros tantos que passámos juntos acompanhados das vezes que sorríamos, das brincadeiras que tínhamos, dos assuntos que falávamos. Ainda agora, eu relembrei o teu último "Amo-te", a tua última promessa. Ainda agora, eu chorei por ti.
É triste relembrar as tuas coisas com um sorriso, e não poder acabar de igual forma. Nesta altura podíamos estar juntos, ou a passear, ou em tua casa a ver um filme, agarrados, sem qualquer tipo de distância entre nós. Estaria completamente completa.
Mas o mundo em que vivíamos ruiu, e nada do que planeámos, ou pelo menos grande parte, não se realizou. Os dias ficaram vazios sem ti. Sinto a tua falta. Não sei onde tinhas a cabeça quando disseste que mais tarde te iria dar razão. Eu preciso de ti, de nós! Tantas vezes me disseste que querias ficar comigo, que querias cuidar de mim. Tantas vezes que disseste, e estiveste do meu lado, e agora, do nada, já não estás... Não consigo lidar com isto!
Sabes, os erros acontecem, e todo o ser humano os comete. Por isso, cometer um erro não implica que tenhas de partir e me deixar. Eu sei perdoar. Eu sei compreender. Eu sei ouvir, e ainda estou à espera disso. Não tens que te achar insuficiente ou incapaz, apenas porque te perdeste num outro caminho, que não era o nosso. Não tens que desistir. Não tens que tomar decisões sozinho, sem ouvir primeiro o que eu tenho para te dizer.
Isto é um pesadelo. És quem eu mais preciso, mas quem eu não posso pedir auxilio. Tenho que me aguentar, sem ti. E eu pergunto-te: porquê?
Ninguém era como nós. Todos os casais à nossa volta acabavam por motivos que nós ultrapassávamos. Nós não tínhamos limites. Aconteceram coisas que eu nunca pensaria que iam acontecer, mas nós mativemo-nos juntos, sempre prontos para ultrapassar tudo, e por incrível que pareça, nós conseguimos.
E por isso mesmo, eu não sei como não conseguimos mais. Tu desististe, e sozinha eu não conseguia aguentar o "barco". A pesar de me sentir magoada, eu só queria estar do teu lado e mais uma vez, ultrapassar. Mas tu desististe, e não chegámos sequer a tentar. E mais uma vez eu pergunto-te: porquê?
O tempo passa lentamente. Passa, e eu não consigo entender, não consigo viver outro como o nosso, nem parecido. Tu estás em tudo o que faço, em todo o lado onde vou, em tudo o que eu tenho.
E por muito tempo que continue a passar, vai sempre parecer que ainda agora acabou.
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