Realmente não sei. Há imenso tempo que vou pensando sem chegar a conclusão nenhuma. Apetece-me pegar nas minhas memórias e desaparecer com elas. A pressão aumentou e a confusão instalou-se. Só pedi o mais simples que me poderias dar, e no entanto nem isso foste capaz. Tínhamos tantos momentos em que só me apetecia largar o mundo para ficar ali contigo. Os nossos olhares eram mais cúmplices do que alguma vez a cumplicidade foi. É tão difícil explicar o quão importante nós éramos para mim. Esperava dias inteiros por uma mensagem tua, e mesmo que fosse pequena, e não deixasses explicito que me adoravas, eu ficava feliz na mesma. Os teus gestos valiam pelas tuas palavras duras quando nos chateávamos. Era tudo tão simples, tão bom. As diversas perguntas que agora surgem, são as tais que eu não encontro resposta. São as tais que me estragam as noites. Deixei de ser carinhosa, deixei de dar passos na direção daqueles que dizem querer ajudar-me, comecei a desistir, comecei a ser fria, comecei a ser dura. Perdi imenso, essa é a verdade. Mas não posso continuar aqui, junto das tuas coisas, das nossas coisas. Estou no mesmo sítio desde que partiste de mim. E não sei até que ponto não me tenho magoado devido a isso. As minhas más escolhas, essas são minhas. Mas a falta de confiança, o medo, as falhas, a necessidade de ter juras constantes, o facto de ficar a pensar que os outros são sempre melhores que eu, tudo isto é culpa de continuar a pensar na porcaria que fizeste comigo. E é triste eu ainda escrever por ti, é triste eu estar assim. Encontrões, empurrões, tantos que eu tenho que levar e aguentar. A minha cabeça tem balançado como cada segundo que passa. 24 horas a pensar "como sair daqui?", 24 horas a pensar "só quero que passe", e na verdade não passa.
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