Coincidências & Marcas

Numa casa onde ninguém entrava, tu conseguiste abrir a porta.

A marca da tua mão ficou na minha face, e o teu sabor, sinto-o por vezes.

Foi rápido demais, a vida até começou a correr bem só porque naquele segundo a minha vida tinha parado ali.

 

As cores estavam mais vivas e o sol brilhava mais do que num dia normal.

Durante a noite, a Lua fazia sinal quando tu tinhas adormecido. Ela brilhava quando estavas a sonhar comigo.

Eu sorria quando ela mandava aquela luz que me fazia chorar os olhos, de tão resplandecente!

 Era um sonho ter-te ali comigo!

Poder ter a certeza que tinha alguém à minha espera... É tão bom poder ver que me amaste.

Aqueles dias em minha casa, tu a falares com a minha família e eu a apreciar cada palavra que dizias. Tomava atenção ás tuas frases, sabia-lhes o significado, interpretá-las.

Não precisava de ir longe para saber qual o teu objetivo.

Sabia que não gostavas de explicar, mas sabia que sempre que perguntasse porquê, que ia obter a mesma resposta: Tens que pensar por ti!

E de facto assim tinha que ser.

Fizeste de mim uma mulher diferente.

Sei respeitar, sei dar valor ao mínimo, não preciso mais do que aquilo que possa ter.

Sei o que é meu e sei o que nunca poderá ser.

Só não sabia que depois de me entregar a ti como nunca o tinha feito, que ficaria com medo de o voltar a fazer outra vez. O meu mundo treme cada vez que penso em ti. Os meus olhos choram e o meu coração sofre tanto!

Foi mais que amor o que vivi contigo. Foi uma paixão intensa, uma história linda e única, ao qual eu nunca direi que vou esquecer, mas também não digo que vou ficar a chorar por ti por muito mais tempo. Porque isso não é amor. É dor. E não é nada fácil de ultrapassar. Eu fui realmente feliz contigo, e gostava de ter cinquenta anos e poder relembrar tudo isto com a mesma felicidade. Recordando os bons momentos com um sorriso enorme na cara, desejando ao mesmo tempo que nada disso se apague com o passar dos anos. Eu simplesmente pergunto... Porquê tu?! Eu amava-te tanto...