Para além da saudade que me deixaste, agora sinto mais dor do que antes senti. Perdoei-te porque te considerei amiga. Porque me disseste "não te irei falhar". Porque me disseste "eu fico contigo sempre". Juraste que nunca irias trair a minha confiança, que me contarias a verdade e que confiarias em mim. Em três aspectos, nos três falhaste. E ainda me dizes "quero-te de volta" ? Pois bem, se tudo o que eu negasse voltasse, eu seria a mulher mais feliz do mundo. E se mesmo das vezes em que não rejeitei fiquei a perder, imagina em todas as outras. Extraordinário. Antigamente um simples "Olá" transmitia-me a tua timidez, a tua tranquilidade. Mostrava tudo menos a dor que me fazes sentir agora. Não dor de arrependimento, mas sim de não conseguir estar contigo, não conseguir olhar-te sem "pena". Sim, digo "pena". Pena porque podias ter tido tudo de mim, e agora não conseguirás nada. Pena porque eu abri os olhos de mais e agora não consigo acreditar numa única conversa tua. Pena por teres sido burra ao ponto de teres errado para comigo. Sim, eu digo pena e sinto-a, por tudo isto. Julguei-te uma das melhores, destaquei-te como tal. Disse "Nunca te falharei, nunca te vou apontar o dedo. MAS NUNCA ME FALHES." Pergunto eu "Porque o fizeste?" . Pena, desgosto, dor, arrependimento, mágoa, tristeza. Pena por ti. Desgosto pelo que foi. Arrependimento pela minha burrice em acreditar em ti. Mágoa por não te apagar. Tristeza? Talvez por sentir alívio, por estares bem.
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